POR TERRAS DE SUA MAJESTADE - DAY THREE


Imperial War Museum, Natural History Museum & Science Museum 
Parece aborrecido, não parece? Foi exatamente isso que nós pensámos ao ler o plano daquele dia. Três museus? Caramba! Então e as coisas divertidas? A verdade é que nada é tão mau quanto possa parecer.

O Imperial War Museum é um museu inteiramente dedicado às duas guerras mundiais e a todos os outros conflitos armados em que os britânicos estiveram envolvidos. Tem 5 pisos e várias exposições fantásticas - tanto temporárias quanto permanentes. Em relação às temporárias que pude ver, acho importante realçar a galeria de Peter Kennard: um artista relacionado com a guerra. Embora simples, a sua exposição era poderosa e tocante. Em relação às exibições permanentes, tenho que realçar a do Holocausto: um piso inteiro, não recomendado a pessoas sensíveis e/ou menores de 14 anos, dedicado a histórias contadas na primeira pessoa por aqueles que viveram na Alemanha durante a II Guerra Mundial.



Depois da manhã no Imperial War Museum, fomos almoçar e seguimos então para o Natural History Museum. Acho que é importante referir que este museu tem a grande vantagem de ser de fácil acesso, uma vez que fica relativamente perto da saída do metro de South Kensington. Uma curiosidade em relação à nossa visita a este museu é que ainda estávamos na fila quando reparámos que à nossa frente estava outra escola portuguesa. Não sei se já vos contei, e se já, então repito, mas a verdade é que em quase todos os sítios que visitámos encontrámos algum português ou alguém que falasse a nossa língua.

Quanto ao Natural History Museum, era, e é, por fora, o museu mais bonito que já vi. Majestosos portões e um aspeto de castelo encantado capaz de deixar qualquer um de queixo caído. O seu interior não era diferente. O museu era enorme e contava com várias dezenas de milhares de exemplares referentes às mais diversas áreas. Estas eram identificadas através de cores e cada uma apresentava exposições de maneira diferente. De todas as que vi, destaco duas: uma acerca do corpo humano e do funcionamento do nosso cérebro, que contava com imensos jogos didáticos, e a exposição acerca dos minerais, com centenas de exemplares diferentes, cada um mais fantástico que o anterior.







Quando saímos deste museu, fomos então a pé para o seguinte: o Science Museum. O museu da ciência londrino era super informatizado, desenvolvido e diversificado, com imensas coisas para fazer e com vários jogos.

Desde exposições sobre os diversos tipos de fobias a um painel que, provavelmente através de sensores térmicos, espelhava a nossa silhueta, tudo o que podem imaginar, é provável que lá estivesse. Existia ainda o espelho de pêlo - tão famoso na internet - e muitas, muitas mais coisas. Sem dúvida que o que mais gostei foi um vídeo que nos mostrava a forma como o nosso cérebro reage a certos estímulos e que, de certa forma, explicava os nossos reflexos e algumas emoções abstratas, como o medo e a compaixão.




Saímos do Science Museum e apanhámos o metro para a estação de Kings Cross St. Pancras. Para além de ser a estação com a arquitetura mais bonita de todas aquelas por onde tive a sorte de passar, esta é também a que tem a famosa parede de acesso à plataforma nove e três quartos, bem como uma loja inteiramente dedicada à saga Harry Potter - escusado será dizer que me perdi, não literalmente, desta vez, mas vocês entendem.

Acho que é também engraçado contar-vos sobre o meu jantar, não porque vos importe mas porque, para além de gostar de partilhar estas coisinhas com vocês, foi um jantar que acho que nunca vou esquecer. Foi-nos indicado que jantássemos na estação e então eu e duas amigas começámos de imediato a procurar um sítio para comer. Probleminha: estava tudo cheio. Aparentemente, os ingleses também gostam de comer nas estações de metro e não havia lugares à vista nos restaurantes que nos pareceram bons. Rendemo-nos então ao Starbucks que, ainda que não fosse o mais simpático para a carteira, era o que tinha menos gente. Blá, blá, blá. Blá, blá, blá. Acabámos as três sentadas no chão da estação a comer baguetes de milho - sendo que nenhuma de nós gosta de milho - e a partilhar uma salada de frutas - muito boa, digo-vos já - e uma garrafa de água.

Nesse dia, jantámos bastante mais cedo do que o habitual e deveríamos encontrar-nos com os professores um pouco antes ou um pouco depois das oito, não me lembro bem, para ser sincera. Isso foi algo que estranhámos e escusado será dizer que desconfiámos mais ainda quando nos disseram que iríamos para o hotel e, em vez de apanharmos o metro, nos dirigimos para a saída da estação e começámos a andar a pé.

Começámos então a andar, até que chegámos ao King's Cross Theatre. Resumidamente, os nossos professores, uns amores de pessoa, resolveram levar-nos a ver um musical, sem nos contarem nada! O musical chama-se In The Heights e passa-se num bairro latino de Washington Heights, Nova Iorque. Ao longo das duas horas e meia de espetáculo, ficam a conhecer, entre outros, Usnavi, Nina e Daniela - ele, o dono de uma lojinha no Barrio, que sonha em poder voltar à República Dominicana, a primeira, a sua prima, que regressa do seu primeiro ano em Stanford com novidades chocantes e, por fim, Daniela, a dona de um cabeleireiro que se vai mudar e abandonar o bairro. No entanto, a vida dos três e dos restantes personagens do musical leva um grande abanão, que lhes mostra o valor da família e de um verdadeiro lar.



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