I, ORIGINS | MOVIE REVIEW


I'd like to tell you the story of the eyes that changed my world.

I, Origins (2014) é um filme de ficção científica - o que é uma novidade aqui pelas reviews do Bookaholic -, escrito, dirigido e produzido por Mike Cahill; trata-se de uma produção independente que se estreou no Festival Sundance de Cinema, que se realiza todos os anos, em janeiro, em Park City, Utah.

O filme é protagonizado por Ian Gray (Michael Pitt), um cientista com um fascínio peculiar pela íris ocular. Gray está a desenvolver um projeto com o objetivo de descobrir a origem evolutiva do olho humano e, também por causa disso, tem uma certa obsessão por fotografar olhos, o que o leva a conhecer Sofi Elizondo (Astrid Bergès-Frisbey) - a dona do par dos olhos que, segundo o mesmo, mudaram o seu mundo.


Sofi e Ian acabam por se apaixonar e, na minha opinião, a peculiaridade da relação deles reside nas diferenças entre as suas crenças - Sofi acredita na religião e no poder da fé, enquanto Ian acredita na ciência e no seu poder evolutivo. No entanto, e como I, Origins não se trata de um romance, nem tudo corre bem para os nossos protagonistas e, devido a uma complicação no elevador, Sofi morre e Gray é sugado para o buraco negro que é a depressão.

O cientista fecha-se em casa, isolando-se de tudo e de todos, e deixando a sua pesquisa a ser continuada pela sua assistente de laboratório, Karen (Brit Marling). Desde o início do filme que se notava uma grande admiração por parte dela em relação a Ian, que, também devido à sensibilidade da sua situação, se deixa levar e os dois acabam por formar uma relação.

7 anos depois, Karen e Ian vivem o nascimento do seu primeiro filho e, no hospital, é feita uma scannerização da íris do bebé, para que ele seja registado. No entanto, o que acontece quando a íris do pequeno Tobias está já registada como pertencendo ao falecido Paul Edgar Dairy? Terá sido apenas um erro de sistema?


I, Origins Ã©, e digo-o sem rodeios, um dos melhores filmes que já vi até hoje. Cada frame é surpreendente e não há maneira de adivinhar o que vamos ver a seguir. A performance dos atores é fantástica e a forma como transmitem a emoção faz com que esta seja quase palpável. Para além disso, a história deixa-nos agarrados ao ecrã, quer ao grande, quer ao pequeno, durante a totalidade do filme.

Uma das coisas que mais gostei foi o facto de que também as personagens apresentam falhas e incoerências, tornando-se mais reais e mais próximas de nós. Esta é, sem dúvida alguma, uma longa metragem que recomendo a toda e qualquer pessoa - a qualidade é enorme e o filme mostra uma imensidão de coisas reais e humanas: o amor, a dor, o sofrimento, as diferenças, as crenças, as nossas fraquezas e forças. Aproveitem o tempo livre e as férias de natal, que estão mesmo aí à porta, e tirem umas horinhas do vosso dia para ver o I, Origins - não é, de maneira alguma, tempo desperdiçado. 

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4 comentários

  1. Obrigado :D Sim, a meu ver, do ponto de vista estético fica super interessante. Dá logo um ar super distinto ao look e creio que é isso que vale a pena. Também já as vi :p

    Não conhecia o filme mas fico sempre preso à tuas críticas aos filmes. São sempre tão completas :D Continua sempre :D

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    1. Confesso que fiquei derretida com este comentário! É muito importante saber que achas isso das críticas que faço e que estou a agradar. O filme foi-me recomendado por uma amiga e acredita que vale mesmo muito a pena. Vou continuar, sempre!

      Muito obrigada pela tua visita e pelo teu comentário, Miguel!

      Um beijinho!

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  2. Ui, segue direitinho para o topo da minha lista. Ainda por cima, gosto tanto do Michael Pitt!

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    1. É um filme fantástico e se és fã do Michael Pitt então acho que vais gostar ainda mais! Muito obrigada pelo teu comentário e pela tua visita.

      Um beijinho!

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