"vê-se que grita qualquer coisa, pelos movimentos da boca percebe-se que repete uma palavra, uma não, duas, assim é realmente, consoante se vai ficar a saber quando alguém, enfim, conseguir abrir uma porta, Estou cego."
Durante o verão, li aquele que se viria a tornar o meu livro preferido. O melhor de todos aqueles que já li até hoje. Falo-vos, como já perceberam, do Ensaio sobre a Cegueira, outro livro assinado por Saramago.
Começar a ler Saramago foi, para mim, um catalisador, na medida em que, depois de ler o primeiro, surgiu rapidamente a vontade de ler mais e mais e mais. Satisfiz essa vontade quando, durante as férias de verão, encomendei este exemplar. E, digo-vos, não me desiludi nada!
À semelhança do que acontece noutros tantos livros seus, o autor pega num tema inusitado e um tanto quanto controverso; neste caso, a cegueira. O que o prémio Nobel nos apresenta é uma cegueira branca, epidémica e completamente inesperada, que começa a atacar as pessoas, uma por uma. Este mal, que rapidamente se percebe ser contagioso, é rápido a difundir-se por toda a população do país, pelo menos, e assume-se como o ponto fulcral da história.
Contudo, o que é que o governo faz quando pessoa atrás de pessoa fica, de repente, cega? É esta uma das questões abordada, a par da dificuldade que é perder a visão, de todo o período de adaptação, da dependência. A verdade é que nos é apresentada toda uma sociedade em mudança, uns que se revoltam, outros que se conformam, e são exploradas as suas fraquezas, as coisas que fazem em tempos desesperados, a sua ambição e os seus valores morais, ou falta deles.
Novamente, não é um livro de leitura fácil. É confuso, muita gente diria que lhe falta pontuação e é extremamente gráfico, fazendo com que a nossa mente desenhe situações que não queríamos ter que ver. Mas supera tudo isso! Porque nos faz pensar, porque nos desafia, porque é diferente de tudo aquilo que vemos nas estantes habituais. Supera tudo isso porque, como já vos disse, é o melhor livro que já li! É uma obra que vos vai facilmente agarrar às suas páginas e que vos vai fazer querer ler um bocadinho mais todos os dias.
Começar a ler Saramago foi, para mim, um catalisador, na medida em que, depois de ler o primeiro, surgiu rapidamente a vontade de ler mais e mais e mais. Satisfiz essa vontade quando, durante as férias de verão, encomendei este exemplar. E, digo-vos, não me desiludi nada!
À semelhança do que acontece noutros tantos livros seus, o autor pega num tema inusitado e um tanto quanto controverso; neste caso, a cegueira. O que o prémio Nobel nos apresenta é uma cegueira branca, epidémica e completamente inesperada, que começa a atacar as pessoas, uma por uma. Este mal, que rapidamente se percebe ser contagioso, é rápido a difundir-se por toda a população do país, pelo menos, e assume-se como o ponto fulcral da história.
Contudo, o que é que o governo faz quando pessoa atrás de pessoa fica, de repente, cega? É esta uma das questões abordada, a par da dificuldade que é perder a visão, de todo o período de adaptação, da dependência. A verdade é que nos é apresentada toda uma sociedade em mudança, uns que se revoltam, outros que se conformam, e são exploradas as suas fraquezas, as coisas que fazem em tempos desesperados, a sua ambição e os seus valores morais, ou falta deles.
Novamente, não é um livro de leitura fácil. É confuso, muita gente diria que lhe falta pontuação e é extremamente gráfico, fazendo com que a nossa mente desenhe situações que não queríamos ter que ver. Mas supera tudo isso! Porque nos faz pensar, porque nos desafia, porque é diferente de tudo aquilo que vemos nas estantes habituais. Supera tudo isso porque, como já vos disse, é o melhor livro que já li! É uma obra que vos vai facilmente agarrar às suas páginas e que vos vai fazer querer ler um bocadinho mais todos os dias.
8 comentários
Adoro este livro, é só maravilhoso... As obras de josé saramago são espetaculares, todos deveriamos ler.
ResponderEliminarBeijinhos
https://meanddiamond.blogspot.pt/2018/01/new-year-2018.html?m=1
É maravilhoso mesmo e concordo plenamente contigo - toda a gente devia ler Saramago! Obrigada pela visita e pelo comentário.
EliminarUm beijinho!
Acheei interessante o livro, quero poder ler ele, mas assim que terminar minha lista.
ResponderEliminarÉ muito interessante, mesmo! Recomendo! Obrigada pela visita e pelo comentário.
EliminarUm beijinho!
Dos meus livros favoritos de José Saramago, sem dúvida. Adoro a forma como ele utiliza uma doença viral como forma de criticar o sistema socio-económico em que vivemos. Todas as problemáticas que ele coloca nas suas histórias não são lá colocadas despropositadamente; em "As Intermitências da Morte", as pessoas deixaram de morrer e isso criou uma crise onde o objectivo era ver como a sociedade passou a reagir. E é o mesmo com o "Ensaio sobre a Cegueira". Adorei o tom apocalíptico da história e todo o progresso até as pessoas voltarem a ver. Definitivamente dos meus favoritos :)
ResponderEliminarSónia Rodrigues Pinto
By the Library
Gosto muito de Saramago precisamente por causa disso - a forma como escolhe tópicos um tanto quanto controversos e os explora de várias maneiras possíveis, passando sempre pela reação da sociedade e dos governos a isso, é fantástica! Obrigada pela visita e pelo comentário, querida Sónia.
EliminarUm beijinho!
É um dos livros mais espectaculares de sempre.
ResponderEliminarpara além do que referes, acho que a cegueira do livro é uma cegueira simbólica, uma cegueira colectiva e as consequências que isso tem. No fundo penso que ele "brincou" com o facto das pessoas não verem e como seria se não vissem MESMO.
Brutal, vou ter de reler :)
Claudia
www.mulherxl.pt
Sim, tens toda a razão no que dizes! É toda uma cegueira simbólica e uma enorme metáfora para as coisas que estão à frente dos nossos olhos, mas que, mesmo assim, não queremos ver. Obrigada pela visita e pelo comentário, Cláudia!
EliminarUm beijinho!
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